Memorial da Paz de Hiroshima, chamado Cúpula Genbaku ou Cúpula da Bomba Atómica |
No dia 5 de agosto, uma senhora lembrança de 65 anos, trouxe ao mundo mais um clamor pelo desarmamento nuclear. A cidade japonesa Hiroshima foi desumanizada logo nas primeiras horas daquele dia de 1945 que precedeu oficialmente o fim da II Guerra Mundial, vitima de uma desnecessária e incompreensível experiência atômica. A aeronave norte-americana “Enola Gay”, sob os céus da cidade “inimiga”, simplesmente lançou sobre seus habitantes a bomba “Little Boy”, extinguindo instantaneamente cerca de 140 mil serem humanos. Qual foi a intenção das pessoas que estavam por trás daquela máquina chamada de “alegre” que lançou a morte sobre seus iguais, dentre eles, milhares de “pequenos garotos”? Se não bastassse esta insana demonstração de virilidade bélica, melhor sorte não tiveram os habitantes da cidade de Nagazaki, três dias após, destruída por uma segunda bomba, a "Fat Man", que matou aproximadamente 74 mil pessoas. Em consequência dos ferimentos e da radiação que se instalou nestas cidades, milhares e milhares de outras pessoas morreram ou ficaram defeituosas e geraram (quando não acometidas pela esterelidade) filhos e filhas defeituosos. Enfim, a cerimônia realizada em Hiroshima, no Parque Memorial da Paz, erguido na região do hipocentro da bomba, não é comemorativa, mas sim destinada a lembrar ao mundo que todos seres humanos querem viver em paz e em segurança, e que o uso de qualquer tipo de arma, especialmente, no caso, as nucleares, deve ser banido da cultura da humanidade. A rosa de Hiroshima voltou a ter cor e perfume, e assim deverá ser em todos os cantos do planeta tornando-o um lugar melhor para se viver.
Ney Matogrosso cantando Rosa de Hiroshima, de Vinicius de Moraes
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