Há 407 anos, em 15 de julho de 1606, nascia o pintor holandês Rembrandt.
O artista barroco, falecido em 1669, foi autor de centenas de obras entre
pinturas, gravura e desenhos, com destaque os quadros "Ronda Noturna"
e “Lição de Anatomia do Dr. Nicolaes Tulp”, que estão no acervo do Museu
Nacional de Amsterdam. No Metropolitan Museum de Nova Iorque tive a oportunidade de apreciar a obra "Retrato de Gerard de Lairesse", de fato impressionante (foto). O trabalho de Rembrandt,
o mestre das luzes, é marcado pelo contraste entre o claro e escuro, luzes e
sombras, que dão um tom dramático à suas obras. E aproveitando este tom
dramático, não posso deixar de referenciar uma coincidência na história da
arte, entre a pintura de Rembrandt, “Lição de Anatomia do Dr.
Nicolaes Tulp”, de 1632, e a foto de Freddy Alborta (1932-2005) que mostra Che
Guevara morto pelo exército boliviano em outubro de 1967. De um lado, o retrato
da busca pelo conhecimento científico e seu desenvolvimento, através da investigação da anatomia
humana. Por outro, o retrato do conservadorismo político (também social e
econômico) que retarda a evolução humana em detrimento do privilégio de alguns.
A arte, em todas as suas formas, traduz a vida das pessoas e o mundo em que
vivemos, e merece ser incentivada e popularizada para que toda e qualquer
pessoa (não só os críticos de arte, colecionadores e uma elite privilegiada) possam observá-la e dela extrair toda sua
essência e seus conhecimentos libertadores.